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Penny Dreadful: Um terror psicossexual.

Olá, galera! Tudo beleza? Trago para vocês mais um seriado estreante. Dessa vez trata-se de um terror vitoriano.  Estou de falando de Penny Dreadful.


Penny Dreadful é uma série de terror com toques sobrenaturais que se passa na cidade de Londres na época vitoriana criada e escrita por John Logan, indicado ao Oscar de melhor roteiro três vezes pelos filmes O Aviador,  A Invenção de Hugo Cabret e Gladiador. A história conta com personagens clássicos da literatura como Frankenstein, Conde Drácula e Dorian Gray, e seus contos de horror, origem e formação se misturam à narrativa dos protagonistas. Além de ser estrelada pelos atores Josh Hartnett e a lindíssima Eva Green, conta com Sam Mendes como produtor executivo da atração. Penny Dreadful é a aposta do canal Showtime no gênero do terror e do suspense, e tem uma abordagem psicossexual da trama de monstros, criaturas e demônios.

Antes de falar “detalhadamente” sobre a série em sim, vou explicar o motivo da série se chamar assim. “Penny Dreadful”, para quem não sabe, era o nome dado a publicações baratas que circularam na Era Vitoriana. Os pequenos jornais, continham histórias de terror seriadas, publicadas semanalmente, e que, com bastante violência, serviam para entreter os jovens operários da época. É desse universo literário que a série do Showtime tira suas inspirações e apresenta alguns dos clássicos personagens de terror criados no século 19. A série terá oito episódios e posso assim dizer que é um mix similar de criaturas que já foi levado aos cinemas no filme “A Liga Extraordinária” (2003), adaptação dos quadrinhos de Alan Moore.

A série estreou no domingo (11/5), no canal americano Showtime. Sendo que a emissora já tinha liberado o episódio na internet uma semana antes.  De acordo com o site Deadline, o primeiro episódio, dirigido pelo cineasta espanhol J.A. Bayona (O Impossível), teve uma audiência de 872 mil telespectadores ao vivo e um total de 1,4 milhão com as reprises. Se tornando a maior abertura de uma série do canal.

Já na cena inicial do primeiro episódio, levamos um mega susto – Claro que não vou citar aqui, pois não quero que aqueles que ainda não assistiram ao episódio vivencie tal experiência. Logo em seguida, nós somos apresentados a uma abertura provocativa com cobras, crucifixos, insetos e aranhas.  Depois dessa maravilhosa abertura, então começa as apresentações das personagens: Josh Hartnett é Ethan Chandler, um americano que trabalha em um circo recém-chegado a Londres. Vanessa é interpretada pela digníssima Eva Green. Ela é uma mulher forte e misteriosa, lê o tarô e possui algum talento para com as forças sobrenaturais.  Timothy Dalton – mais conhecido por interpretar James Bond nos filmes da década de 80 de 007 – é Sir Malcolm Murray, um homem influente que está atrás da filha. Ela desapareceu já faz algum tempo e foi levada por criaturas que habitam o submundo de Londres. Oh, não posso esquecer-me do meu preferido (depois da personagem da Eva Green), o Victor Frankenstein. Ele trabalha na experiência em dar vida a um corpo que já estava morto. A criatura criada por ele não é tão horrenda e desprezível como aquela descrita por Mary Shelley.

Gosto da forma como a série é dirigida. Os personagens são bem construídos e aquele ar de suspense rodeia cada um deles. Todos escondem algum segredo. A fotografia é estupidamente linda, trazendo um ar cinematográfico. Não abusam da trilha musical nos momentos de clímax. Claro, nas cenas de ação é necessário aquela música-tema para instigar o telespectador. A forma em que a câmera se movimenta, sempre fazendo um leve zoom in/zoom out e seus inúmeros planos médios explorando as expressões faciais dos atores, assim como usa os planos abertos nos momento certo para explorar a paisagem e mostrar ao telespectador o universo vivenciado. Pelo menos no episódio piloto, o telespectador sempre sente a câmera se movimentando, mesmo que seja de forma quase imperceptível. Já no episódio dois, o diretor experimenta novas formas para trazer algo inovador para série. Na verdade, a série é uma montanha russa de emoções, e repleta de paradoxos. Entre o real e o sobrenatural. A vida e a morte. O bem e o mal.

Em suma, Penny Dreadful é uma série terrível, sexual, elegante, provocativa, e cheia de qualidade. Os cenários são detalhistas, bem como seus figurinos. Eva Green domina/brilha em todas as cenas em que aparece. Pergunto-me porque ela ainda não ganhou o Oscar.  A narrativa da série é instigante. Ela prende a gente durante o episódio inteiro, embora tenha, sim, momentos de pouca ação que são substituídos por diálogos feitos para impressionar. Como por exemplo, a cena em que Malcolm e Victor conversam sobre a suposta parceria. A série é toda poética, bem pensada, bem feita. Ah! Até as cenas de nudez são poéticas e não foram censuradas. 

TRAILER DA SÉRIE SEM LEGENDA.




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